Agência de inovação da universidade é parceira do instituto estadunidense na promoção do LatAm vs Covid, voltado para os desafios da América Latina na pandemia

A Agência de Inovação Tecnológica e Social da Universidade Federal de São Paulo (Agits/Unifesp) é uma das instituições parceiras do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) para a realização do LatAm vs Covid, um hackathon que buscará construir soluções para a crise mundial de covid-19. O evento, que tem como objetivo capacitar pessoas para que possam ajudar no combate à pandemia, é uma das ações decorrentes de uma parceria firmada entre as instituições em abril de 2020.

Os hackathons são eventos que reúnem diversos profissionais, como desenvolvedores de softwares, designers e educadores, que têm até 48 horas para criar soluções inovadoras e resolver um problema específico. Entre abril e maio, o MIT realizou eventos para os problemas enfrentados pela África, uso de banco de dados e dois “Beat the pandemic”. A próxima edição tem foco na América Latina. “A realidade que temos no Brasil e países vizinhos é mais desafiadora e será estimulante para os participantes”, comenta Paulo Schor, diretor da Agits/Unifesp e professor do Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Unifesp. Schor, que foi professor visitante do MIT em 2013, fundou o MedHacker, grupo multidisciplinar de inovação aberta que promoveu diversas oficinas de inovação, inclusive, em 2015, a “Clínica Olímpica”, um hackathon na Unidade de Extensão Universitária Santo Amaro da Unifesp, que ouviu os problemas de médicos e atletas das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Cada grupo escolheu um problema para solucionar de forma inovadora e criar um protótipo.

Durante o LatAm vs Covid, cada equipe escolhe um único problema, e se trata, dessa vez, de um evento on-line. Os times poderão ser compostos por pessoas da Índia, Colômbia, Alemanha, portanto, fusos horários diferentes, linguagens e culturas distintas. Os interessados podem se candidatar como participantes (formar um time para propor uma solução) ou como mentores (orientar os times em seus projetos). “Essa é a riqueza do evento: abrir mão de seu ponto de vista para ouvir quem discorda traz maturidade para o profissional e, por isso, que a Agits/Unifesp fez essa parceria; precisamos buscar na diversidade a inovação social”, completa Schor.