Conhecido pelo alto potencial modulador, tipo raro de células-tronco pode ser usado em tratamento da doença
Por Tamires Tavares*
Imagem: reprodução de tela / canal da Capes no YouTube
Quais são as moléculas liberadas durante a infecção pelo novo coronavírus? Por meio da análise da comunicação em nível celular de órgãos afetados pela doença, como os componentes vascular, imunológico e renal, uma pesquisa realizada pela Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo, busca responder a essa pergunta e, a partir dos resultados, identificar possíveis alvos de tratamento da covid-19 através de células-tronco.
O coordenador do estudo, Danilo Cândido de Almeida, pesquisador do programa de pós-graduação em Medicina (Nefrologia) da Unifesp, é especialista em células-tronco mesenquimais, tipo raro encontrado na medula óssea e que poderá ser utilizada como terapia acessória após a identificação das substâncias liberadas durante a infecção pelo coronavírus.
O projeto conta com plataforma que mimetiza as interações celulares, como aconteceria no organismo. “Nosso trabalho se destaca por usar uma tecnologia inovadora de Chip, a qual permite escalar interações celulares no laboratório de forma dinâmica. No contexto multifatorial da covid-19, isso é crucial para o entendimento integrativo e sistêmico dessa patologia”, explica Almeida
O estudo foi selecionado pelo Programa de Combate a Epidemias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), formado por ações de apoio a projetos, pesquisas e formação para enfrentar a pandemia da covid-19 e temas relacionados a endemias e epidemias, no âmbito dos programas de pós-graduação de mestrado e doutorado do país.
O trabalho foi destaque da primeira edição da revista Capes em Foco, lançada em fevereiro deste ano.
*Com informações da CCS/Capes