Iniciativa do Campus Baixada Santista na Aldeia Paranapuã, em São Vicente (SP), já acontece há quatro anos
Alimentos doados à Aldeia Paranapuã, localizada no litoral sul paulista
O projeto de extensão Educação Popular: criando e recriando a realidade social, inicialmente com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), realizou uma articulação com o Sesc (Programa Mesa Brasil), para a distribuição de alimentos aos indígenas da Aldeia Paranapuã, localizada no município de São Vicente (SP), no litoral sul paulista, durante a atual situação de pandemia de covid-19.
O objetivo do projeto de extensão, que já desenvolve ações diretas com a aldeia há quatro anos, é de contribuir com a garantia do direito à saúde e à educação dessa população, além de acompanhar suas necessidades mais imediatas. O grupo multidisciplinar é composto por estudantes do Campus Baixada Santista da Unifesp, oriundos dos cursos de Serviço Social, Psicologia, Terapia Ocupacional e Engenharia Ambiental.
Artesanatos produzidos pelos indígenas que são expostos nas mídias sociais para venda
Neste momento, o programa Mesa Brasil, do Sesc, realizou o cadastramento das aldeias da região, incluindo a Aldeia Paranapuã, e tem garantido a logística de arrecadação e distribuição dos alimentos. No total, foram beneficiadas 100 pessoas. O projeto também auxiliou no cadastro das famílias que tinham direito de receber o auxílio emergencial do Governo Federal e ainda tem contribuído para que os indígenas consigam utilizar as mídias sociais para venda de seus artesanatos – trabalho este que é fonte da sobrevivência da aldeia. Confira aqui e aqui.
"Extrapolamos as ações essenciais e recorrentes do projeto para atender uma necessidade imediata. Atuamos no sentido de articular, junto a esses órgãos, a chegada dos alimentos aos indígenas, o que ocorrerá mensalmente. Neste momento, eles entendem a importância da presença da universidade para a garantia de seus direitos", explica Raiane Assumpção, coordenadora do projeto e pró-reitora de Extensão e Cultura da Unifesp.
Extensionistas acompanham os indígenas que estudam para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja)
Fotos: Divulgação